25 de julho de 2014

Diesel

Os dois chegam ao apartamento de Cris Case.
Ela está preocupada, olhando para todos os lado que como se um fantasma a estivesse perseguindo. O que não estaria muito longe da realidade.
- Venha, entre rápido, com essas roupas brancas parece que você fugiu de algum hospital ou instalação militar, melhor eu arrumar alguma coisa para você se trocar. - fala Cris num tom tão alto que até poderiam ouvir lá de fora.
- Mas.... - Xander ainda está meio atordoado, pois a vigem no tempo o deixou meio perdido ainda. Reparou que estava perto de seu tempo, mas não exatamente onde queria estar.
- Vá para o banheiro, se limpe, vou te arrumar umas roupas.
- Banheiro?
- Ali!
Ele entra no banheiro e se depara com as louças brancas e bonitas, parece até de uma mansão para o que estava acostumado em sua época. Mas pelo visual do apartamento não deveria ser muito chique. Estava tudo bagunçado. Ele pega uma toalha e toma uma ducha rápida.
A senhorita Case abre uma fresta da porta e com ar de curiosidade observa discretamente o Sr Kraasch que logo percebe esboçando um leve sorriso.
Cris fica com vergonha e joga um conjunto de roupas na cara do sujeito:
- Essas roupas eram do meu ex. Divirta-se.
Roupas muito estilosas, colete, risca de giz, um belo casaco. Muito do agrado do Sr Kraasch. Mas faltava algo.
- Você não tem uma cartola? - Pergunta Xander
- Cartola, que coisa fora de moda - Cris se põe a gargalhar, não conseguia se segurar. Mas a evidência óbvia de que era um viajante do tempo estava ali. Parou de rir imediatamente.
- Estamos em 1940 meu caro amigo, cartolas são o passado, ao menos por aqui. Logo te arrumo um chapéu. De onde você vêm? Ou melhor, quando?
Ele se lembra que tinha em mente a palavra Diesel quando fugiu de Mr Diesel. Nesse momento, desconfiando da limitação de uma viagem por mês, Kraasch põe a mão direita sobre o pulso esquerdo e pensa em Steam, mas uma dor de cabeça imensa começa a tomar conta dele, tão forte que ele desiste rapidamente e tira a mão do pulso. Uma névoa que tinha começado a se formar desaparece lentamente e Cris entra correndo no banheiro..
- A você não vai fugir de mim, eu tenho muito para te perguntar. - Fala ela com um certo ar de tristeza pela iminência de perder a oportunidade da vida e de perder o que poderia ser o homem de sua vida.
- Não posso... me disseram que eu só poderia viajar uma vez por mês, senão minha cabeça fritaria. Resolvi testar.
A senhorita case esboça um sorriso e pena - Ótimo, tenho um mês para saber tudo que preciso.
- Vou te ajudar, você pode ficar aqui até poder retornar. Mas eu quero saber tudo.  Quem é você de verdade? Quando nasceu? Quem isso? O que aquilo? Etc? Etc.....
A repórter não parava de perguntar e sem nada a perder Xander foi falando tudo que sabia, em troca Cris foi colocando ele a par de tudo sobre a era em que estava.
Até que algo pela janela chamou atenção da senhorita Case. Um caminhão do exercito estacionava próximo a seu apartamento. E homens saíram de um carro que estava estacionado desde antes da hora que chegaram.
- Isso está estranho, eles devem saber que você está aqui. Por segurança preciso te tirar daqui...
Nem terminou a frase e alguém batia na porta - Entregador!
- Já vou. - Cris grita com cara de pavor e logo após sussurrando - E agora? E agora? Estamos perdidos.
Xander, acostumado com saídas estratégicas e com mente mais clara a essa altura, toma a liderança.
- Vamos, essa é minha espacialidade.
Ele pega uma vassoura que tinha visto no canto da sala e arranca a escova. Não é seu bastão místico, mas deveria servir.
Ele se coloca a postos de frente a porta e faz um sinal para que ela ao lado da porta a abra.
A ação se desenrola rapidamente, o indivíduo do exercito com uma arma em mão é tomado de surpresa pelo ataque de Xander com o cabo da vassoura e é rapidamente desarmado. O outro sujeito logo atrás também é derrubado pelo colega que cai a frente.
Xander pega a mão de Cris e os dois fogem. Descem até um outro apartamento dos fundos do prédio, invadem ele com um pé na porta. Ela vê um chapéu largado numa mesa, pega e póe na cabeça de Xander.
- Pronto, sua cartola.
- Mas isso não é uma cartola.
- Isso é o que está na moda, não reclame. E agora? Para onde?
Ele olha uma saída e saltam pela escada de incêndio chegando a rua do outro lado do prédio.
Enquanto isso vários soldados saem do caminhão e entram pelo prédio e ruas no entorno.
Mas Xander com sua habilidade consegue levar a senhorita Case pelas sombras e fogem.
- Ok, o pior passou. Você conhece esse lugar aqui. Para onde vamos agora? - Pergunta o jogador e agora viajante do tempo....

19 de maio de 2014

Cris Case

Registro de indivíduo - Exercito - Centro de Investigação Secreta
Data: Diesel Dia 45.727
Indivíduo: Cris Case

Perfil atual:
Repórter investigativa, meio desastrada e desesperada para conseguir seu Pulitzer.
Vive em nossa era Dieselpunk e sempre atrás de informações sobre o governo e mafiosos, certa de que um dia uma das dicas ou pistas vai leva-la a uma grande história, que nunca conseguiu.
Sempre frustrada com o chefe, Johnas Jonson, do jornal para o qual trabalha, o Óleo Diário, que só permite que ela escreva sobre a coluna semanal de dicas de saúde, ela procura nas horas vagas pesquisar sobre a história recente e suas ligações obscuras com o donos do dinheiro da atualidade movida a diesel e gasolina.
Já passou por muitos nomes em suas investigações, mas nada que pudesse conectar a nada: Xander Kraasch, Mr Diesel, Puppetmissing, Vulpes, Experimentos 71, 72 e 74, o monstro de 6 braços.
Seu hobby de fins de semana a noite é invadir instalações militares "abandonadas" em busca de pistas do passado.
Já foi detida várias vezes pelo exercito e polícia, mas a sua clara falta de informações e a preocupação do governo com coisas mais importantes como a guerra que está se iniciando, sempre a salvou da prisão ou investigações mais detalhadas sobre sua vida.

Diagnóstico Estratégico:
A pessoa em questão pode ser facilmente manipulada a acreditar em qualquer informação que vazarmos para ela. Podemos utilizar como isca em diversos tipos de operações.

Recomendações:
Apesar de não ser considerada ameaça imediata, é necessário cautela para evitar que suas investigações a levem a informação sensíveis. Vigilância 24h e escutas são necessárias.

23 de abril de 2014

Oconomini

Um dia ele andava uma rua escura com seus pensamentos.
- O que fazer?
- O que ser?
- O que pensar?
Ele foi caminhando, e não parava de pensar nas suas dúvidas até que se depara com um bêbado na esquina. Homem sujo e caído a beira da sarjeta fedia a álcool e balbuciava algumas palavras incompreensíveis.
Meio que parando de pensar, ele resolve ajudar o bêbado levantando-o e ajeitando seu casaco.
- Vamos, vou te pagar um café.
- Nããooo, não estou bêbado - balbuciou o homem de forma quase inadiável, fitando-o com suas pupilas mais do que arregaladas - Fui envenenado. Me jogaram aqui despejaram uma garrafa de bebida em cima de mim para morrer e parecer um desabrigado qualquer.
Com dificuldade de acreditar na história do homem, ele insistiu e o levou a um beco perto de um café. Deixou o mesmo sentado no chão e correu para buscar um café expresso bem forte e um pão para o homem comer.
Beba isso e coma esse pão, não discuta comigo, já estou fazendo muito por você. - Entregando o pão e o copo de café.
Sem resistir muito o homem faz o que é pedido, mas o efeito do café não era o esperado.
- Acho que o café está reagindo com o veneno.. Socorro... o que você me fez? - pergunta o homem desesperado.
- Eu não sei, é só um café.
O homem começa a ficar vermelho e se pões de pé, seus olhos ficaram negros como a noite e ele começa a flutuar em pleno ar. Ele esboça uma feição de terror absoluto enquanto as pessoas por perto se afastam assustadas da cena.
De repente tudo cessa, e o homem suavemente volta ao chão em pé como se estivesse plenamente sóbrio.
- O que aconteceu com você? Está tudo bem. - Pergunta com a mesma cara de pavor.
O homem abre os olhos que ainda estavam negros como a noite e esboça um sorriso para ele e em uma voz diferente grossa e tenebrosa diz:
- Obrigado, eu não sabia, mas a cafeína era o catalisador. Foi pura sorte, mas você me salvou. Agora os que fizeram isso comigo precisam receber o troco. Não me siga, será perigoso para qualquer um que se aproxime.
Ele começa a andar seguindo a rua e a cada passo, uma pegada de piso derretido era deixada para trás....

22 de abril de 2014

Antes do Futuro

Mal acabou de sair do fluxo de espaço tempo, atordoado com sua primeira viagem solo, Xander aparece no meio do nada e no escuro. Para variar, ele começa a cair e a água de um lago amortece sua queda.
- Maldição, será que toda a viagem no tempo vai ser assim? - grita ele para o mundo.
A gritaria chama atenção de alguém que estava ali por perto.
- Você apareceu do nada, é um viajante do tempo? - Pergunta a mais que curiosa moça que está a beira do lago com uma maquina fotográfica a postos.
Xander se vira esbravejando quando é cegado por flashes da máquina.
- Pare com isso, que diabos é isso? É uma daquelas máquinas que retratam imagens? Para com isso, ao menos não posso aparecer nesse estado. - grita o Sr Kraasch pensando que no mínimo deveria estar bem vestido e limpo para ser retratado. Afinal ele tinha uma imagem a manter, seja a época que for.
A moça só parou quando acabou o filme da máquina. Mas ela não conseguiu nada que fosse interessante, pois apenas fotografou um homem com algo que parecia um pijama branco caído num lago. Mais parecia um fugitivo de um manicômio que algum viajante do tempo.
- Eu vi você aparecer do nada. Você só pode ter vindo de outro tempo. De onde você é? Como faz para viajar? Tem a ver com o experimento 74? Tem um chefe? O que veio fazer aqui? Não me esconda nada? - Freneticamente a moça não para de fazer perguntas sem nem tempo para respirar enquanto guardava a máquina fotográfica e pegava um caderno de anotações e uma caneta.
Xander estava ficando atordoado com as perguntas enquanto tenta sair do lago que parece ter o fundo mais grudento que melado.
Finalmente ao sair do lago, limpa um pouco o rosto da agua lamacenta e para para reparar ao seu redor observando o local e a moça que não para de fazer perguntas, mesmo sem resposta dele. É como se um raio o atingisse, nunca tinha visto uma donzela tão bela em sua vida.
- Calma! Nem eu sei direito o que está acontecendo comigo. Se você puder me ajudar, conto o que você quiser. - se recompõe Xander imaginando que uma oportunidade de conhecer melhor a senhorita a sua frente não pode ser descartada. Além de que, ele não tem a menor ideia de onde está e fazer aliados bem rápido é a melhor forma de se manter vivo.
- Entre no meu carro, vou te levar para o meu hotel, é bom sairmos rápido daqui pois ninguém pode saber como você apareceu aqui senão ou vão e levar para uma instalação militar ou vão te levar para o manicômio. - Fala a moça com ar de que se deu conta de que ela também não deveria estar naquele local ou teria problemas com autoridades diversas.
Os olhos de Xander se arregalaram ao ver aquela máquina. - Uau! Que carro maravilhoso, vc deve ter muito dinheiro?
- Que nada, isso é uma velharia, tem mais de 10 anos - Fala a senhorita meio encabulada por revelar que não era ninguém especial ou abastada - Talvez não seja do seu tempo, mas é uma velharia.
Para Xander, aquela máquina fazia parte de imagens e conceitos que já vira como uma visão do futuro, como o que existiria de mais moderno. Isso deu uma dica de que não estava muito longe de seu tempo original.
Ao fundo começaram a ouvir o que pareciam sirenes de carros de polícia ou exercito.
- Vamos rápido, não á tempo, precisamos sair daqui. Alias sou Cris Case, e você, qual o seu nome? - Fala a garota com tom apressado.
- Xander Kraasch.
- Xander.... - arranhou uma marcha de susto - Kraasch? - arranhou outro marcha com a face quase que branca de susto - O Xander Kraasch? - Pergunta pisando no acelerador como se o mundo dependesse disso.
- Acho que sim, que eu saiba só existe um. Eu. - Fala Xander realmente espantado com a expressão de pavor da Senhorita Case.
- Meu Deus.....

21 de abril de 2014

Novo começo

Ele corre desesperado para o grande Salão da Finalização para ouvir do Conselho o que será de seu destino.
Imenso bem iluminado e totalmente adornado por todas as paredes, este local é o novo símbolo do uma nova sociedade. Contendo vários assentos dispostos em um círculo em volta de uma rocha igualmente circular, bem lapidada e de brilho peculiar que, por vezes, recebe alguém de pé sobre ela, ou mesmo imagens holográficas emanam da mesma.
Cansado pela correria e pela idade após uma temporada de anos sob controle de SISTEMA, o antes conhecido como Xander Kraasch se posta de pé sobre a rocha.
- Leaderboss! - Fala um dos indivíduos encapuzados a alguns assentos para a direita.
- Você sabe quais são seus crimes. - Fala outro dos membros do Conselho.
- Mas sabemos que a maioria deles foram frutos de uma trama e uma manipulação... - fala outro membro.
As frases foram saindo dos indivíduos ali presentes quase como um jogral. Algo estranho para quem visse pela primeira vez. Na verdade isso ocorria pela conexão mental entre eles, suas mentes funcionavam praticamente como uma só enquanto dentro daquele salão.
- Você está livre de qualquer punição, pois nossa sociedade é de paz e utiliza novos métodos de pagamento pelas más ações.
Xander fica aliviado ao saber disso, pois sempre acreditou que apenas estaria ajudando a sociedade apesar de seus objetivos megalomaníacos.
- Mas, temos uma missão para você. Uma que vai tomar o resto de sua vida natural. Considere-a como uma redenção pelos seus atos. - Fala a voz central.
Uma luz emana da rocha logo abaixo do ex-líder. Ela vai em direção ao seu braço e como a muitos anos atrás (dentro da linha de tempo do próprio Xander) ele sente as nano-máquinas entrando e saindo do seu corpo com a mesma dor terrível que some por completo ao término do processo.
- Você será um de nossos caçadores de recompensas. Mas te equiparemos com esta armadura de tecnologia alienígena capturada em uma de nossas missões espaciais de longa distância espaço temporal. Ela não está perfeitamente adaptada a nosso universo, então você precisará modifica-la - Xander ouve as vozes no jogral enquanto um equipamento e armadura se materializam logo a sua frente. - Tuas habilidades como líder, lutador, jogador e negociador do seu passado te transformam na pessoa perfeita para assumir tal responsabilidade.
Kraasch não acredita no que está acontecendo, terá de passar o resto da vida servindo o conselho. Mas não se sentiu tão mal ao se dar conta que em vez de ser a caça como na juventude, dessa vez seria o caçador.
- Sua missão está ligada ao espaço tempo. Ela é de extrema importância para a sobrevivência do universo que conhecemos. Muitos dispositivos espaço temporais foram criados ou roubados de nosso tempo. Precisamos que você os encontre. - fala o jogral de conselheiros que começada a dar dor de cabeça em Leaderboss.
- Menos mal, ao menos em outros tempos posso ter como relaxar e me divertir um pouco. - Pensa Xander Leader Kraasch Boss.
- Leaderboss, equipe-se e inicie sua missão. Teu equipamento permitirá rastrear as rupturas do fluxo espaço-tempo e manterá a conexão com o Conselho. Sugerimos que inicie pela sua época de origem.
Sem mais pensar, o cansado Leaderboss pega o equipamento e com a mão direita em seu pulso esquerdo, se concentra e pensa - Steam....



7 de abril de 2014

Tudo Higienizado

Xander acordou... a respiração pesada... os olhos mal conseguem abrir com o brilho do ambiente.
"O que aconteceu comigo? Que lugar é esse?" - pensava enquanto abria os olhos e percebia que estava em uma lugar completamente branco e iluminado.
Tão iluminado que parece que as próprias paredes emitiam a luz. Ele não consegue distinguir entre o chão as paredes e o teto. Parece que é tudo unido em uma enorme bolha iluminada.
Começa a tatear o chão a procura de uma parede, aos poucos o chão começa a fazer uma curva que se une a parede. Com um pouco de esforço e com suas pernas ainda meio dormentes, ele consegue se levantar.
"Aquela viajante do tempo, o dispositivo, será que estou no futuro?" - sua memória e seus pensamentos começam a se clarear enquanto reparava na roupa estranha que estava usando. Parecia um tipo de macacão, todo branco e muito limpo e higiênico.
- Tem alguém aí? - grita recebendo seu eco como única resposta.
Horas se passam... A frustração é enorme e uma sensação de abandono quase desesperadora para o Sr Kraasch que estava acostumado a ser o centro das atenções.
- Estou com fome! - resolve tentar mas sem esperança.
Mas o chão começa a se mexer, como se estivesse se modificando de uma forma orgânica para formar uma mesa e um banco. Como que por mágica um conjunto de cubos coloridos se materializa sobre a mesa.
- COMA! - ecoa a forte voz em seu cérebro. Tão forte que derruba Xander no chão.
Atordoado com o impacto na sua cabeça, ele se levanta e se senta o banco, olha para os cubos e com certo receio experimenta um dos cubos para descobrir que o sabor era maravilhoso.
E assim ficou por alguns dias, se tivesse fome ou outras necessidades era só pedir que os meios se materializavam no centro da sala. Ele tentou tatear todos os cantos daquela sala, e nada, nem uma fresta. Era perfeitamente branca, higiênica e sólida.
Até que de repente uma voz diferente e muito mais leve ecoa na sua cabeça: Leaderboss. Prepare-se.
- Mas eu não sou nenhum Leaderboss. Nem sei quem é esse? Só quero voltar para meu tempo, eu não fiz nada. - responde Xander em voz baixa achando que assim outros não irão ouvir.
- Você vai ser Leaderboss. Com o tempo, você vai saber. Não posso falar mais para não alterar o contínuo do espaço tempo. Mr Diesel não pode saber que estou te ajudando, mas em breve você vai nos salvar da tirania dele. Levante seu braço esquerdo. Rápido. - ecoa a leve voz em sua mente.
Como bom aproveitador do momento, sendo ou não o tal salvador, resolve levantar o braço, pois perce que é a única chance que vai ter para sair dali.
 Raios sinuosos e multicoloridos saem de todos os cantos da sala em direção ao braço do jogador que parece agora que está preso naquela posição no meio do ar. Xander começa a levitar na sala puxado pelo braço e a dor no mesmo é excruciante. Tudo cessa, ele cai no chão e a dor desapareceu por completo. Seu braço está perfeitamente normal.
- O que aconteceu? O que você fez comigo? - pergunta o jogador mais do que curioso e assustado.
- Injetei nano máquinas de controle do fluxo do tempo em seu sistema nervoso, para ativar segure seu pulso esquerdo com sua mão direita e se concentre em uma palavra que represente o lugar e época onde quer ir. Não abuse, se viajar mais de uma vez por mês, sua cabeça vai derreter. Agora rápido......nããããooooo..... - some a voz com um grito desesperado.
- ENTÃO, Leaderboss, acha que você vai me derrotar. Sei que você é um jogador, não vai se livrar dessa aposta. Mr Diesel não pode ser derrotado, ainda mais por alguém tão insignificante como você. Tirem as nano-máquinas dele e se livrem desse outro traidor que acha que encontrou seu salvador. - Ecoa outra voz forte em sua cabeça, a mesma do dia em que teve o encontro com a viajante do tempo Puppet.
Começa a flutuar de novo puxado pelo braço, mas dessa vez junta toda a sua força e segura seu pulso esquerdo com a mão direita e pensa com toda a força em algum lugar, mas a única palavra que fica fixa em sua mente naquele momento de desespero é Diesel. Mesmo sem saber o que significa, sente um formigamento pelo corpo todo e desaparece instantaneamente...
A única coisa que consegue ouvir enquanto entrava no fluxo temporal multicolorido foi a voz de Mr Diesel gritando: Maldição!



24 de março de 2014

O Artefato e o Tempo e o Chefe

30 minutos de discussões e negociações depois... Blam! A porta cai abaixo.
- Parado aí jogador maldito! Queremos o artefato! - entram os capangas derrubando a porta e apontando mais armas do que se poderia esperar.
Do outro lado do quarto do hotel, grita a moça desesperada enquanto saltava em direção do Sr Kraasch:
- Não temos mais tempo para discutir, você vem comigo!
Ela pressiona um botão mais parecido com uma joia em seu braço e agarra o braço de Xander Kraasch. Um brilho imenso se faz pelo ambiente que termina em uma bola de fumaça enquanto os capangas cobriam os olhos.
- Maldição! Perdemos ele e o artefato. Não chegamos a tempo, o chefe não vai gostar nenhum pouco disso. Estamos fritos. - menciona um dos novatos.
- Não, pelo contrário. O chefe vai adorar. Você viu quem era a garota? - Fala enquanto sorri, um dos mais espertos.
- Era ela! Era ela! - grita o mais empolgado. - Tragam o equipamento, o chefe vai adorar rastrear essa aí.
- Mas e o artefato? - pergunta o ainda desesperado novato.
- Esqueça isso, ela é mais importante. Sem ela o artefato não presta pra nada. Ao menos nesta época. E a não ser que ela descubra como ativar ele, o que é praticamente impossível, esses dois não vão muito para frente no tempo. - finalizou o esperto.
Enquanto isso, no meio do fluxo de tempo que envolvia os dois, Kraasch, desesperado, gritava sem parar palavrões e todo o tipo de ofensas imagináveis, além de algumas desconhecidas a pessoas civilizadas.
Em um momento, o fluxo que parecia com um fluido onde os dois flutuavam começa a se transformar em uma névoa de brilho intenso. Era o fim do processo da viajem espaço-temporal.
Nessa hora Xander sente um formigamento na sua mão que segurava o artefato. Este começou a vibrar e emitir todo o tipo de luzes e radiações. Com medo de perder a mão, ele a abre e o dispositivo, como que com vontade própria, se alinha com o dispositivo no braço de Puppet e se conecta violentamente ao mesmo. 
O brilho da névoa começa a mudar de cores nos tons do arco-íris e eles voltam para o fluxo de tempo. Mas um fluxo diferente do que eles estavam, desta vez mais frenético e colorido.
Xander olha com cara de pavor para Puppet que retorna o olhar com a mesma expressão de pavor, pois a viajante do tempo não tinha ideia do que estava ocorrendo.
Até que tudo apaga e cessa.
Os dois estão no ar, flutuando, tudo absolutamente escuro.
Começam a cair.
- Aaa que desgraça você foi me meter?! - vocifera Xander
Água! Os dois caem na água e em menos de um minuto, uma luz os ilumina. Eles começam a levitar em direção a uma nave.
Não havia uma imperfeição na nave aérea, era totalmente branca com luzes e detalhes prateados. Parecia ter sido feita pro um processo orgânico de tão perfeita em suas formas.
Ao entrarem na nave, ficam parados em suspensão, no que parece ser um imenso hangar.
Vários vultos a volta, todos vestidos de branco, não havia costura em suas indumentárias. Eram igualmente perfeitas, como a nave.
Um exclama:
- Mas, é o Leaderboss!?!
Todos nesse momento prestam atenção no Sr Kraasch, que não entende nada do que acontecia.
- Leaderboss! Ele está vivo! Leaderboss! Bem vindo a nossa humilde nave Leaderboss! - fala uma das figuras.
Xander, ainda atordoado com tudo que aconteceu em questão de poucos minutos, não consegue entender nada. - Eu. Leaderboss? Que diabos é isso? - Ecoam seus pensamentos.
- Ele não pode ser Leaderboss! - Fala em voz firme uma figura que surgia com roupas igualmente perfeitas só que em preto.
- Mas está é a Puppetmissing! Bem vinda minha querida. Finalmente nos encontramos. Temos negócios a tratar.
- Quem é você? - Pergunta Puppet ainda tentando entender o que aconteceu.
- Sou conhecido por vários nomes. Talvez você tenha ouvido falar de mim como Mr Diesel...